A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) alertou quinta-feira para um «mal-estar» na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma «crise social de contornos difíceis de prever».
Em comunicado divulgado no seu portal, a SEDES sustenta que «sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional».
Esse «mal-estar» deve-se a «sinais de degradação da qualidade cívica», como a «degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários», a «combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz» e o aumento da «criminalidade violenta» e do «sentimento de insegurança entre os cidadãos».
A SEDES adverte que, a manter-se o «mal-estar e a degradação da confiança (...), emergirá, mais ou cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever».
(...)
Para a estrutura, a «combinação» entre uma «comunicação social sensacionalista» e uma «Justiça ineficaz» traduz-se num «estado de suspeição generalizada sobre a classe política», que leva ao afastamento de «muitas pessoas sérias e competentes da política, empobrecendo-a».
A «banalização da suspeita» nos media e a «incapacidade» da Justiça em «condenar os culpados (e ilibar os inocentes)» favorecem os «mal-intencionados», o que conduz à «desacreditação do sistema político», reforça a SEDES.
(...)
Referindo-se à criminalidade, o comunicado aponta a falta de «uma acção consistente - da prevenção, investigação e da Justiça - para transmitir a desejada tranquilidade» e uma «espécie de fundamentalismo ultra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso» do Estado.
«Calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodioviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou», sublinhou a SEDES, responsabilizando os legisladores portugueses, que «transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas» europeias.
Ler aqui a tomada de posição da SEDES
Em comunicado divulgado no seu portal, a SEDES sustenta que «sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional».
Esse «mal-estar» deve-se a «sinais de degradação da qualidade cívica», como a «degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários», a «combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz» e o aumento da «criminalidade violenta» e do «sentimento de insegurança entre os cidadãos».
A SEDES adverte que, a manter-se o «mal-estar e a degradação da confiança (...), emergirá, mais ou cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever».
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Para a estrutura, a «combinação» entre uma «comunicação social sensacionalista» e uma «Justiça ineficaz» traduz-se num «estado de suspeição generalizada sobre a classe política», que leva ao afastamento de «muitas pessoas sérias e competentes da política, empobrecendo-a».
A «banalização da suspeita» nos media e a «incapacidade» da Justiça em «condenar os culpados (e ilibar os inocentes)» favorecem os «mal-intencionados», o que conduz à «desacreditação do sistema político», reforça a SEDES.
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Referindo-se à criminalidade, o comunicado aponta a falta de «uma acção consistente - da prevenção, investigação e da Justiça - para transmitir a desejada tranquilidade» e uma «espécie de fundamentalismo ultra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso» do Estado.
«Calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodioviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou», sublinhou a SEDES, responsabilizando os legisladores portugueses, que «transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas» europeias.
5 comentários:
É evidente que quanto mais corrupto for um país, maior é o seu atraso em todos os níveis.
Portugal já chegou a um nível de atraso economico e social muito grande.
Figuras como o Cavaco Silva e José Sócrates deveriam em primeiro lugar ter vergonha da realidade do país que (des)governam e que têm contribuído para o seu atraso.
O comprometimento de políticos com negócios obscuros e mal explicados têm vindo a aumentar.
Veja-se os casos que têm surgido relativamente ao governo do PSD/CDS, sobretudo durante a governação do Santana Lopes.
É claro também que os outros partidos políticos não são propriamente bons exemplos.
No entanto, um dos principais problemas do povo português é apresentar uma mentalidade de acomodação, com pouca contestação.
Efectivamente, é necessário uma grande mudança de mentalidades, para se mudar a realidade portuguesa.
Já se provou que quando o povo verdadeiramente contesta e sai à rua, ameaça os poderes políticos.
Mas o povo não pode nunca cair na acomodação, porque os tentáculos da corrupção são muitos.
Portugal precisa de uma verdadeira revolução ao nível da mudança para um verdadeiro regime democrático e de mentalidades.
VIVA A CIDADANIA
A acrescentar a estes factores, ainda temos a ineficácia da justiça, que muito contribui para o atraso do país.
Casa Pia, Apito Dourado, Fundação D. Pedro IV, Caso Portucalle, Submarinos Paulo Portas, Operação Furacão, UGT-Fundos de Formação profissional, Universidade Independente, BCP, Casino de Lisboa.
Meus amigos,
A corrupção em Portugal é inimiga do Povo.
Desigualdade na distribuição de rendimentos é das mais elevadas da UE
A Sedes, veio falar dos problemas que afligem o cidadão comum, “alertando-nos para a crise social que se aproxima, com contornos difíceis de prever” .
Os grandes problemas que afligem estes senhores, são “O acentuar da "degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários”, eu concordo sim senhor, mas dito assim, parece que os partidos políticos são todos iguais, mas não são.
Os partidos do arco do poder, fundamentalmente representados, no parlamento, a começar pelo PS e o PSD e acabando no Bloco, tem sido uns em maior grau e outros nem tanto, são os principais responsáveis por esta crise de “valores” existentes na nossa sociedade.
As promessas, destes senhores desde que chegam ao poder, seja eles qual forem, são desmentidas na prática, e completamente revogadas, sem apelo e nem agravo!
A Sedes diz que existe uma grande partidarização da vida pública e privada, mas sinceramente, isto não é intrínseco ao sistema capitalista? O capital põem os homens de mão nos governos e claro que desejam que os seus objectivos sejam cumpridos, senão serão corridos…o PS é o melhor partido para cumprir estes ditames, sem dúvida!
Esta do “estado regular o sistema com isenção”, só podia partir destes senhores bem “intencionados”, mas a meu ver, numa visão marxista, impraticável.
A conclusão que eles chegam, que a continuar estas situações, “ continuarão a medrar a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança.", é claríssima para nós, só que não temos ilusões, enquanto continuar este sistema em vigor!
A Sedes continua a discorrer, agora sobra a criminalidade, “e não tem dúvidas em afirmar que a criminalidade violenta progride” e "subsiste uma cultura predominantemente laxista no cumprimento da lei”, correcto e afirmativo, mas tem ser esclarecido porquê esta violência acrescida, porque não basta afirmar que existe violência e não explicar o porquê dela! Deve-se perguntar aos senhores que defendem este sistema, se com o roubo descarado dos impostos sobre os cidadãos, o desemprego aumentando cada dia passa, a questão da droga no seio dos trabalhadores, etc., haverá possibilidade acabar com esta criminalidade, como o sistema pretende?
Afirmam os senhores da Sedes, "que emerge, por vezes, uma espécie de fundamentalismo ultra zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom senso".
Falam eles da bolas-de-berlim e das colheres de pau, concordamos que sim, mas dizemos mais, estas medidas só servem para a burguesia lançar areia para os olhos, como por exemplo a famosa lei do tabaco, dividir para reinar, não resolvendo as questões fundamentais, mas compreende-se, eles, o sistema, não tem solução para o problema!
A Sedes afirma muito preocupada que para evitar chegar há"crise social de contornos difíceis de prever", eles apelam que o “Estado deve abrir-se mais”?!
Abrir-se a quê, pergunto eu, “privatizar”mais e mais… E que este mesmo “Estado ouça as pessoas”. E os “Partidos que”, de acordo com a Sedes, "têm a obrigação de prestar contas de forma permanente sobre o modo como o exercem", a dita intervenção política.
Convenhamos que estas medidas pecam por muito pouco, mesmo dentro deste sistema, mas a meu ver, estes senhores estão mais preocupados com “a crise social” do que dar soluções para resolvê-la.
É natural estes senhores não vislumbram a saída para esta crise, porque não conseguem sair dele, estão dentro do sistema, e claro para eles a crise social pode trocar as voltas!!!
É bom que a crise social exista, é demonstrativo de que os trabalhadores, já perceberam que a única alternativa para “resolver” esta crise, é fazer a revolução e portanto deitar estes partidos para o caixote do lixo da história. Não existem meias medidas, a revolução vence esta crise ou os trabalhadores serão novamente derrotados.
Só os Trabalhadores Podem Vencer a Crise!
O Povo Vencerá!
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