domingo, abril 01, 2007

Um ano de denúncias

Um ano depois...

Ex-secretário de Estado ignorou proposta de extinção da Fundação D.Pedro IV

Um documento arrasador:
"Constata-se que a fundação tem vindo a ser gerida por pessoas que não desenvolvem actividades tendentes a concretizar os seus fins, desenvolvendo antes outras actividades que nada têm a ver com os mesmos, das quais retiram proveitos pessoais." Esta é uma das conclusões do relatório final do inquérito à Fundação D. Pedro IV que foi ignorado em 2000, em benefício de um outro mandado fazer depois e que considerou estar tudo bem na instituição.
(...)
O texto sustenta que os associados da SCAIL e o Estado "foram enganados pelos responsáveis da fundação" e que a criação desta "parece ter visado apenas impedir a alternância democrática na gestão [da SCAIL] decorrente dos actos eleitorais regulares, permitindo a eternização de alguns elementos à frente da instituição".
(...)
Pelos corpos sociais da fundação, principalmente pelos conselhos social e consultivo, que a IGSS diz nunca terem tido qualquer actividade, têm passado numerosas figuras com ligações à política e particularmente ao PSD e ao CDS, tais como Bagão Felix, Alarcão Troni, Arlindo Donário (antigo adjunto de Cavaco Silva no Governo) e Carlos Blanco de Morais, bem como magistrados e oficiais generais reformados.

O mistério de um arquivamento:
Ao que tudo indica, o processo saiu do gabinete de Simões de Almeida para o arquivo sem o imprescindível despacho de arquivamento, e só em 2003, quando o seu sucessor o mandou procurar para explicar a situação ao tribunal (ver texto principal) é que ele próprio despachou o seu arquivamento sem qualquer conclusão.
Um ano depois, a Fundação D. Pedro IV conseguiu que o Governo de Santana Lopes lhe entregasse a gestão da Mansão de Marvila, um dos maiores equipamentos da segurança social, que alberga quase duas centenas de idosos e jovens em risco e possui mais de 150 funcionários públicos ao seu serviço. Quase em simultâneo, no Verão de 2004, o IGAPHE decidiu entregar gratuitamente àquela instituição os 1469 fogos dos bairros sociais das Amendoeiras e dos Lóios, também em Lisboa.
(...)
O presidente da fundação agora senhoria, Canto Moniz, foi director regional do IGAPHE até 1990, e um dos vogais da sua administração, Jorge Cunha Pires, foi seu subordinado naquele instituto público. Para além destes dois engenheiros, a administração da instituição conta com Carlos Blanco de Morais, que é o principal consultor jurídico do actual Presidente da República, e ainda com Fritz Feldmann e Rui Pinheiro Gomes.

1 comentário:

Anónimo disse...

A luta do Povo Português pelos seus legítimos direitos nesta caso concreto á Habitação e em particular a luta do Povo que mora no Bairro das Amendoeiras e dos Lóios.

É justa e deve ser levada até ao fim!

Porque de facto a luta é social e também politica se não veja-mos existem provas que a prática de responsáveis da fundação D. Pedro IV não é séria, como é que é possível a referida fundação ainda estar em actividade e até hoje nenhum dos seus responsáveis não ter sido julgado e condenado nomeadamente o Sr. Canto Moniz e seu afins.

Porque os afins que protegem os “Srs. Cantos”, têm posições políticas económicas e financeiras, deveras influentes no aparelho do estado Português, tanto ao nível dos passados Governos, como também do actual Governo saído das entranhas e artimanhas do partido que se diz “Socialista.”

Afinal não foi o então Presidente da Republica Sr. Jorge Sampaio também saído das entranhas e artimanhas, do partido que se diz “Socialista”, que em vez de demitir o governo de má memória e anti-Povo de Durão Barroso, convocar eleições antecipadas, preferiu nomear um tal Pedro para 1º ministro, que para não variar também saiu das entranhas e artimanhas do partido que se diz Social “ Democrata “.

Mais do mesmo não porque de facto nada acontece ao acaso.

A justa palavra de ordem, Queremos as Nossas Casas, adopta pelos moradores é correcta.

Neste momento e na minha modesta opinião, enquanto apoiante incondicional da justa luta do Povo Português pelos seus legítimos direitos que este governo anti-Povo Sócrates/Cavaco lhes tem retirado, e neste caso pelo direito á Habitação julgo que devia ser acrescentada uma outra palavra de ordem Abaixo o Governo Sócrates/ Cavaco.

È urgente que o Povo se una e levante como um só Homem, e varra para todo o sempre da face da terra do nosso querido Portugal, todos os que ao longo destes últimos anos nos tem sucessivamente enganado.

Viva a Justa Luta do Povo do Bairro das Amendoeiras e dos Lóios!

O Povo Vencerá!