quarta-feira, maio 07, 2008

Condomínios de luxo em Marvila

Marvila tem cerca de 70 por cento da população a viver em bairros sociais e prepara-se para receber nos próximos anos novos residentes para condomínios de luxo. Estes empreendimentos vão marcar a nova face desta freguesia da zona oriental que pouco sentiu os efeitos da Expo`98.

"Marvila beneficiou principalmente a nível de acessibilidades. Hoje sai-se e entra-se através de vias rápidas", disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia, Belarmino Silva. Marvila é a freguesia de Lisboa com mais terrenos disponíveis para construção e tem um curso vários projectos, como o do novo Hospital de Todos os Santos, o do Instituto Português de Oncologia (IPO) e da nova catedral, além de investimentos privados.
Nos terrenos da antiga Fábrica de Sabões, um projecto da Obriverca aguarda a decisão relativamente ao TGV e à Terceira Travessia do Tejo. "A Obriverca aguarda esta decisão para o novo empreendimento", adiantou, referindo-se ao polémico loteamento da Lismarvila aprovado pela autarquia em 2004 e que acabou por não avançar por causa das medidas preventivas decretadas pelo Governo.

No Poço do Bispo, o condomínio Jardins de Braço de Prata, do arquitecto Renzo Piano, aguarda aprovação desde 1999 e na antiga Petroquímica deverá nascer "um condomínio com outras valências, com uma escola secundária e com serviços sociais". Da totalidade de projectos em análise na autarquia, segundo o presidente da Junta, a maior parte contempla condomínios.
"Os condomínios são bem-vindos, mas terão que se abrir aos outros munícipes e permitir o uso dos equipamentos por toda a população", alertou.

A concretizarem-se os projectos, "Marvila terá uma zona muito pobre e outra muito rica", afirmou o autarca, alertando para o perigo desta clivagem entre "muito ricos" e "muito pobres". Dos 50 mil habitantes de Marvila, cerca de 70 por cento vivem em bairros sociais, muitos deles construídos ao abrigo dos programas especiais de realojamento.
O autarca adiantou à Lusa que na zona velha de Marvila está prevista a reabilitação da maioria do edificado e aponta como principal vantagem a localização privilegiada junto ao Tejo.

5 comentários:

Unknown disse...

Habitação: Plano Estratégico vai penalizar casas devolutas e edifícios degradados

Estado gasta mil milhões ao ano com ajudas à habitação

Cesar Valentim disse...

Este plano estratégico e as políticas de Habitação propostas pelo Governo hoje são um bom caminho para se resolver esta questão em Portugal. Falta realmente a componente da auscultação e da participação pública, da sociedade civil.

O documento apresentado pela Plataforma Artigo 65 em Dezembro apontava para os mesmo pontos, sinal de que alguém ouviu e gostou!

Habitação: Secretário de Estado defende “um novo paradigma” para o sector

Unknown disse...

Lisboa: Câmara negoceia redução de impacto da nova ponte nas Freguesias do Beato e Marvila

Unknown disse...

A Câmara Municipal de Lisboa, encontra-se quase falida e agora, pretende também aplicar a renda apoiada nos Bairros Municipais geridos pela Gebalis.

Lisboa: Câmara lança bolsa municipal de arrendamento - Vereadora da Habitação

Unknown disse...

Afirma a vereadora da habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Ana Sara Brito, àagência Lusa que o objectivo é fomentar um mercado de arrendamento na capital acessível à classe média, que tem sido "maltratada" em matéria de política de habitação.

E que esta bolsa de habitação municipal para arrendamento não se destina a uma população carenciada.


Assim, sendo, é caso para perguntar à vereadora
Ana Sara Brito, onde é que desde quando existiu uma verdadeira politica de habitação para pessoas carênciadas em Lisboa?

Parece que a vereadora se terá esquecido que se não tivesse sido a realização da Expo 98, provavelmente, ainda existiam barracas em Lisboa.

Parece igualmente que a vereadora se terá esquecido que essas barracas somente foram demolidas, porque seria muito mau para a imagem de Portugal, se os turistas que na altura visitaram a Expo 98 constatassem a presença de barracas mesmo à entrada da cidade.

Afirma agora a Srª vereadora que o "objectivo é fomentar um mercado de arrendamento na capital acessível à classe média".

Quando lemos estas palavras, fica-nos a sensação de que estes políticos, que somente revelam a sua incompetência, não se apercebem que apenas estão a contar o conto do vigário aos cidadãos.


Porque o que acontece é que a vereadora Ana Sara Brito se encontra apenas tapar o sol com a peneira e a pretender arranjar uma forma de conseguir obter receitas para tentar " remendar" o buraco financeiro que existe na Câmara Municipal de Lisboa.

Buraco ficanceiro esse, que foi criado pela incompetência da gestão dos políticos que têm passado pela Câmara e não pelos cidadãos.

Para cúmulo da desgraça, ainda vem a vereadora Ana Sara Bito afirmar que gestão dos bairros municipais de Lisboa, através da Gebalis, adoptará em breve a renda apoiada.

Meus amigos,

Efectivamente, tudo isto, e a política habitacional do IHRU, não necessita somente da contestação dos moradores dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras, mas também da envolvência de outras associações de moradores a nível de Lisboa e nacional.

Estes incompetentes da política, têm sobrecarregado o orçamento do Estado e da Câmara Municipal de Lisboa e agora, pretendem que sejam os cidadãos a pagar essa factura.

Se em breve, os moradores não forem para a rua constestarem estas mediadas e no caso do bairro dos Lóios e das Amendoeiras, contra a política de habitação do IHRU, os moradores correm o sério risco de verem os seus direitos habitacionais serem retirados.

O IHRU e a Câmara municipal de Lisboa, apenas se estão a preparar para criar uma politica de habitação em Portugal ofensiva contra os direcitos habitacionais dos moradores, com mais medidas de incompetência e de arrogância.

Somente os moradores podem dizer NÃO a toda esta vergonha que pretendem impor aos mesmos moradores.