Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(...)
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
(...)
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
(...)
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(...)
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
(...)
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
(...)
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
2 comentários:
Porque será que o vento não diz nada?
Que terá ele para dizer?
Serão más noticias?
Continuamos de braços cruzados?
O que fazemos para alterar o rumo?
Será que não há nada de novo?
Mesmo no pior dos cenários há sempre uma luz escondida, resta-nos encontra-la.
Só colhe quem semeia.
O que temos semeado nós?
Esperamos, sentados, que outros semeiem para nós colhermos?
Pois é!
"Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não"
Acreditem, estamos todos no mesmo barco, os remos é que são diferentes.
Uns remam para a frente, alguns deslocam-se para os lados, como a enguia.
Coitados dos amarelos. Andam tão desmaiados.
Contavam com a ignorancia, com a desunião.
AH!!! Como eles aprenderam!
Com isto não contavam.
Nós resistimos e dizemos não.
Queremos ver a nossa pátria a florir.
Com justiça.
À Fundação D. Pedro IV, que também merece que lhe dediquem algum comentário. Vou então dedicar-lhes
estas quadras, do nosso poeta popular António Aleixo, que por até é meu conterrâneo!
P´ras quadras onde eu revelo,
o que pensa lá contigo,
tens um sorriso amarelo,
que eu estendo, mas não digo!
Não és, mas queres parecer,
um santinho no altar,
mostras aos outros sem querer,
o que pretendes tapar.
Olhas p´ra mim e sorris,
desdenhas os meus tormentos,
os gestos dos imbecis,
mostram os seus sentimentos.
(uma moradora atenta)
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