quinta-feira, novembro 23, 2006

Solução à vista nas Amendoeiras

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa disse anteontem aos moradores do bairro das Amendoeiras, em Chelas, que a solução do litígio que os opõe à Fundação D. Pedro IV "está muito bem encaminhada" e deverá ser conhecida em Janeiro.
Carmona Rodrigues fez estas declarações a um grupo de moradores que o abordou antes da reunião da assembleia municipal para lhe manifestar a sua preocupação com a saída da vereadora Maria José Nogueira Pinto do lugar de vereadora da Habitação, que até aí acompanhara o assunto no executivo municipal.
Segundo alguns dos presentes, o autarca tranquilizou os moradores, informando-os de que estava a acompanhar o caso e já tinha tido uma reunião com o secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão. Uma porta-voz do secretário de Estado confirmou, entretanto, o encontro entre Carmona e João Ferrão, adiantando que o autarca foi posto ao corrente das alternativas que estão a ser estudadas para garantir os direitos dos moradores dos bairros das Amendoeiras e dos Lóios, tendo manifestado disponibilidade para colaborar na resolução do problema.
Em causa estão mais de 1400 fogos habitacionais daqueles bairros sociais, que pertenciam ao Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado e foram oferecidos à Fundação D. Pedro IV na fase final do Governo de Santana Lopes. Desde que aquela instituição assumiu a propriedade dos apartamentos, as rendas foram objecto de enormes aumentos e os inquilinos têm-na acusado de "terrorismo social", pondo simultaneamente em questão a forma como os bairros foram parar às suas mãos.
Face a estas queixas, o Governo pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República, tendo esta concluído que a transferência da propriedade das casas para a fundação não salvaguardou o interesse público nem os direitos dos moradores. Falhadas que foram as negociações então encetadas pelo gabinete de João Ferrão para que o contrato de cedência dos fogos fosse alterado num sentido mais favorável aos inquilinos, o Governo começou a estudar a possibilidade de retirar aquele património à fundação, entregando-o à Câmara de Lisboa.

3 comentários:

Anónimo disse...

Bom esta Fundação e o seu presidente é de mais! Até se dá ao luxo de chamar aos Portugueses estúpidos, quando diz que grande parte dos moradores têm bons rendimentos, que alguns membros da comissão de moradores são proprietários de apartamentos em Lisboa e que têm vivendas no Montijo! Era bom que fosse verdade mas não é, para mal dos nossos pecados.
Tais especulações levam a pensar se quem as fez não estará em delírio ou soube efeito de drogas? os charros também provocam alucinações.
Mas nós até compreendemos o desespero do Sr. Canto Moniz no lugar dele estaríamos na mesma .
Quando se refere aos rendimentos de dois mil a doze mil euros dos agregados familiares pela certa estará a imaginar que esse agregado familiar é composto por pai, mãe, filho, filha, avô, avó, neto, neta, tio, tia, sobrinho, sobrinha genros, todos a viver na mesma casa então somou e deu-lhe aqueles números absurdos, dizem que quando se está pedrado têm-se visões e nesse caso poderia estar a ver algum baptizado .
O que é triste é que uma fundação de falsa solidariedade social que mais não serve de fachada para outros negócios e negociatas que nem nos passa pela cabeça ou talvez até passe, ora todos sabemos que o objectivo desta Fundação era sacar as casas dos outros onde vivem há trinta e dois anos das suas vidas e que durante esse tempo investiram as suas poupanças na conservação das suas habitações e dos espaços comuns .
Depois não satisfeito sacava ao Estado dinheiro para obras e para a renda apoiada tudo em nome da solidariedade e da preocupação que está a ter com noventa e seis famílias a quem podia fazer contratos vergonhosos e desumanos para a que em qualquer altura pudesse pôr essa gente na rua .
Esta fundação tem que ser extinta porque não serve para nada, a não ser sacar dinheiro para uma cambada de parasitas que vive e come em grande estilo às custas do trabalho dos outros, por isso digo, meus senhores vão mas é trabalhar , se não quiserem então vão roubar para a estrada.

Anónimo disse...

È preciso ter cuidado com estas afirmações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, porque podem servir para tentar adormecer os moradores de Chelas.

Anónimo disse...

ESPERO QUE OS MORADORES, NÃO ACREDITEM EM BOCAS DE SAPO, MAS NÃO PODEMOS ACREDITAR EM PESSOAS QUE AJUDARAM A DAR AS NOSSAS CASAS, COMO FOI O CASO, DO ACTUAL PRESIDENTE, DA CAMARA..