quarta-feira, abril 11, 2007

Bairros voltam a protestar

Centenas de moradores dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras, situados na zona de Chelas, Lisboa, manifestaram ontem a sua indignação face ao que consideram ser a "gestão danosa da Fundação D. Pedro IV" e aos "actos de ilegalidade" praticados pela instituição que gere, desde 2005, aqueles agregados populacionais com um total de 1451 fogos, que antes eram propriedade do Estado.

(...)

Convencido de que, com a persistência dos moradores dos Lóios e das Amendoeiras, "a batalha será ganha", Eduardo Gaspar salientou que o pagamento das rendas "continua suspenso, por ordem do tribunal" mas que o Governo, através do secretário de Estado do Ordenamento do Território, "parece continuar a ceder à Fundação no âmbito das conversações para a celebração do novo contrato entre a instituição e o Estado". O mesmo Estado, adiantou "que, ao passar os bairros para as mãos da Fundação, saiu lesado, não acautelando, por outro lado, os interesses públicos".

Após a manifestação foi feito um cordão humano.

Ler notícia completa: Jornal de Notícias 11/Abril/2007

5 comentários:

Anónimo disse...

TELEVISÃO DE PORTUGAL, OLHA PARA O TEU QUINTAL!

O pessoal dos Lóios, das Amendoeiras e de toda a Freguesia, já pensou em fazer uma brincadeirinha, às portas da televisão pública, para, duma vez por todas, meter nas cabecinhas dos Senhores Directores de Informação da mesma que a sede desta estação de televisão está situada em Marvila?!

É que esta atitude deliberada do canal público de televisão de ignorar aquilo que se passa mesmo à sua porta, se se associado ao facto do mesmo, muito frequentemente, se referir às suas instalações como estando situadas algures em Cabo Ruivo e, há já algum tempo atrás, nos Olivais e, até mesmo, (pasme-se pelo rídiculo!) no Parque das Nações, só poderá ser entendida como uma posição de distanciamento, de classe, numa lógica provocatória e de desprezo por quem os rodeia, ou seja, todos quantos habitam ou trabalham na Freguesia de Marvila, em Lisboa!!!!

Anónimo disse...

É caso para se perguntar: o que é que faz, ainda por cima, um sociólogo como Provedor do Telespectador na RTP?!...

Não acreditamos que o distinto professor do ICSTE não tenha sensibilidade para estas matérias!?...

Anónimo disse...

Lá ter ele tem o pior é a maçonaria e a fundação

egaspar disse...

Apesar do nosso 1.º, ainda Ontem (11-04-2007), ter afirmado ou, pelo menos, insinuado, perante as câmaras da Televisão Pública, que as informações e/ou opiniões canalizadas pelos blogues não são credíveis, estando ou não de acordo com a sua opinião, aqui vai mais uma opinião de leigo na matéria em apreço, mas que, apesar disso, não deixa de ser a expressão de um cidadão que procura estar minimamente atento e informado.

Quem tenha seguido, com alguma atenção, tudo aquilo que, desde há muito, se tem dito e escrito sobre o edificado do IGAPHE, em nosso entender, poderá chegar, entre outras, à seguinte conclusão: O Estado foi e continua ser o principal responsável por tudo aquilo que tem vindo a acontecer! E como o Estado, em si mesmo é algo de abstracto, é óbvio que ónus terá que recair sobre alguém em concreto e, este alguém, foi quem, durante os sucessivos governos, teve ou continua a ter a tutela do Instituto Público acima referido.

Vem isto a propósito, do facto, de naquilo que diz respeito quer à concepção, quer à construção, quer ainda à manutenção do edificado do IGAPHE, ter sido notória a responsabilidade dos diversos titulares da habitação, durante os sucessivos governos, que nunca souberam ou tiveram vontade política para acautelarem devidamente o cumprimento, por parte do Estado das sua obrigações deste, bem como, pelo facto, como o diz o próprio Parecer emitido, muito recentemente, pela própria Procuradoria-Geral de República, não terem tido o cuidado, como seria seu dever e obrigação (julgamos nós!?...), de acautelarem o interesse público, quando, no ano de 2005, transferiram o referido património para uma entidade particular.

Pensamos, pois, que existem sobejas razões aos moradores no edificado do IGAPHE , designadamente, os dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras, para acusarem de irresponsáveis todos aqueles que, durante os sucessivos governos, foram ou são titulares da pasta da habitação.

Referimo-nos, muito concretamente, quer ao incumprimento por do referido Instituto Público de normas e de disposições legais (nacionais e comunitárias) respeitantes à segurança em edifícios de habitação, em domínios como o estrutural, o da protecção contra ao fogo, das que dizem respeito a certos componentes como, por exemplo, os ascensores, além de outras.

Algumas destas infracções, foram por quem de direito, em tempo, apontadas ao IGAPHE e têm colocado e continuam a colocar em risco a segurança dos residentes nalguns dos edifícios e, até (pasme-se!) daqueles que habitam nas proximidades dos mesmos, como é caso do Lote 232, sito na Rua Norte Júnior, no Bairros dos Lóios!!!!...

Foi, também, como já disse acima, por decisão de um governo que, no ano 2005, o referido património foi, sem que fossem acauteladas quer resolução dos problemas atrás referidos, quer os compromissos e interesses dos moradores (inquilinos e proprietários), quer, ainda, os do próprio Estado, “oferecido” à Fundação D. Pedro IV, entidade que, conforme é por demais sabido, desde logo revelou não ter qualquer perfil para resolver minimamente esta problemática (antes a tem agravado!), não obstante o seu estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, bem como, qualquer sensibilidade no que respeita à matérias de âmbito social.

Sendo assim, salvo opinião contrária de alguém mais abalizado, poderemos estar na presença de alguns factos que poderão apontar para a necessidade da intervenção de quem tem como competência fiscalizar as acções dos sucessivos e actuais governantes!?

Eduardo Gaspar
(Dirigente Associativo)

Anónimo disse...

epá deixem-se de tratas com o Governo isto, o Governo aquilo, o outro Governo isto, o outro Governo aquilo... Todos os políticos já sabem que:
- O estado borrifou-se ao longo de 30 anos para os bairos
- A doação do património está envolta em favores e ilegalidades
- A Fundação tem sido favorecida pelo Estado
- Existe um relatório oficial que denuncia Crimes graves na Fundação e propõe a sua extinção
- Esse relatório foi ignorado por um Sec. Estado (ajudado por mais pessoas)

Daqui para a frente só há uma solução: A Extinção da Fundação!! Tudo o resto são foguetes ou artifícios para distrair. As comissões de moradores não podem sair deste discurso com pena de não atingirem o alvo certo.