O documento preconiza a poupança nas refeições das crianças
Os pais das crianças que frequentam as sete instituições de infância que a Fundação D. Pedro IV gere em Lisboa divulgaram ontem no seu blogue na Internet (http://paisdpedroiv.wordpress.com) mais um dado que consideram preocupante, no âmbito de uma reestruturação económica da instituição que contestam. O blogue reproduz uma cópia de uma circular interna da instituição, datada de 30 de Novembro e assinada pelo presidente do conselho de administração, Vasco do Canto Moniz, na qual é preconizada a utilização de produtos congelados e desidratados na confecção das refeições das crianças. O mote da circular é o da redução de custos. Sobre a qualidade das refeições, o documento da instituição é omisso.
"A encarregada geral dos serviços gerais deverá, de imediato [a partir de Dezembro], avaliar o tipo de produtos para a confecção de alimentos eventualmente congelados e/ ou desidratados e respectivo preço, como proceder no futuro à confecção da alimentação em ordem de uma maior racionalidade do uso do tempo da cozinheira, desejavelmente sem acréscimo de custos de alimentos, e provavelmente com a sua efectiva redução", lê-se.
No mesmo documento, é assumida também a polivalência de algumas categorias profissionais, nomeadamente, educadoras de infância e auxiliares de educação, no sentido de estas passarem a fazer trabalhos de limpeza das salas - factos estes que foram negados ao PÚBLICO pelo gabinete de imprensa da fundação na edição de ontem.
Devido à turbulência das últimas semanas, o Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza e Actividades Similares (Stad) reuniu-se na passada segunda-feira com a administração da Fundação D. Pedro IV. Em causa estão dez postos de trabalho que a instituição anunciou informalmente que iria extinguir e a obrigatoriedade de as trabalhadoras passarem a fazer limpeza das salas, quando as suas funções são de zelar pela segurança e desenvolvimento das crianças. Francisco Redor, do Stad, garantiu ao PÚBLICO que a fundação reconheceu e ficou escrito em acta que as limpezas só serão feitas por pessoal especializado. Porém, censurou que ontem a Fundação tenha pedido a todas as trabalhadoras para escreverem uma carta a declararem que se recusam a fazer esse serviço.
"Há um decréscimo da higiene e segurança das crianças por causa desta reorganização da fundação. E, por outro lado, a instituição vai avançar para o despedimento de dez trabalhadoras, admitindo, porém, que se for necessário recorrerá à figura do trabalho extraordinário para compensar eventuais carências de pessoal", explicou ao PÚBLICO o sindicalista, que garante que pais e sindicatos irão apoiar estas trabalhadoras cujo posto de trabalho será extinto.
"A encarregada geral dos serviços gerais deverá, de imediato [a partir de Dezembro], avaliar o tipo de produtos para a confecção de alimentos eventualmente congelados e/ ou desidratados e respectivo preço, como proceder no futuro à confecção da alimentação em ordem de uma maior racionalidade do uso do tempo da cozinheira, desejavelmente sem acréscimo de custos de alimentos, e provavelmente com a sua efectiva redução", lê-se.
No mesmo documento, é assumida também a polivalência de algumas categorias profissionais, nomeadamente, educadoras de infância e auxiliares de educação, no sentido de estas passarem a fazer trabalhos de limpeza das salas - factos estes que foram negados ao PÚBLICO pelo gabinete de imprensa da fundação na edição de ontem.
Devido à turbulência das últimas semanas, o Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza e Actividades Similares (Stad) reuniu-se na passada segunda-feira com a administração da Fundação D. Pedro IV. Em causa estão dez postos de trabalho que a instituição anunciou informalmente que iria extinguir e a obrigatoriedade de as trabalhadoras passarem a fazer limpeza das salas, quando as suas funções são de zelar pela segurança e desenvolvimento das crianças. Francisco Redor, do Stad, garantiu ao PÚBLICO que a fundação reconheceu e ficou escrito em acta que as limpezas só serão feitas por pessoal especializado. Porém, censurou que ontem a Fundação tenha pedido a todas as trabalhadoras para escreverem uma carta a declararem que se recusam a fazer esse serviço.
"Há um decréscimo da higiene e segurança das crianças por causa desta reorganização da fundação. E, por outro lado, a instituição vai avançar para o despedimento de dez trabalhadoras, admitindo, porém, que se for necessário recorrerá à figura do trabalho extraordinário para compensar eventuais carências de pessoal", explicou ao PÚBLICO o sindicalista, que garante que pais e sindicatos irão apoiar estas trabalhadoras cujo posto de trabalho será extinto.