Os moradores dos bairros dos Lóios e Amendoeiras, Lisboa, consideraram hoje uma «vitória» a aprovação no Parlamento de uma recomendação ao Governo para o património da Fundação D. Pedro IV voltar ao Estado, mas vão manter-se «vigilantes»
A Assembleia da República aprovou quinta-feira por unanimidade uma recomendação ao Governo destinada à reversão para o Estado dos fogos que lhe pertenciam anteriormente, através do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGHAPE), com a salvaguarda dos direitos dos moradores.
Com a extinção do IGHAPE 1.451 fogos em Marvila passaram para a Fundação D. Pedro IV através de um auto de cessão do património, uma situação que tem merecido a contestação dos moradores, que condenam a forma como a instituição tem gerido o bairro.
Acusam ainda a fundação de realizar aumentos abruptos de rendas e não salvaguardar os direitos dos inquilinos em regimento de arrendamento social.
Em declarações à Lusa, Carlos Palminha, da Comissão de Moradores do IGHAPE do Bairro das Amendoeiras, considerou a aprovação por unanimidade da proposta, por iniciativa do PCP, «uma vitória do movimento de cidadania».
Apesar de estarem satisfeitos com este «avanço» no processo, os moradores vão continuar «a tomar diligências e exigir ao Governo que remeta o património para o Estado», assegurou Carlos Palminha.
«Não deixa de ser uma resolução da Assembleia da República, tem o seu peso, mas vamos continuar a interceder junto do Instituto Nacional de Habitação (INH) e da Secretaria de Estado para pressionar o Governo», sublinhou.
Esta posição é sustentada pela Associação Tempo de Mudar para o Desenvolvimento do Bairro dos Lóios, afirmando em comunicado que os moradores aguardam que «o Governo cumpra a sua obrigação e assuma as suas responsabilidades» e garantem que «se manterão vigilantes e não irão desmobilizar até que este processo se resolva exemplarmente».
A associação considera ainda que a recomendação é uma «vitória considerável» resultante da «luta» dos moradores, que fizeram valer os seus «direitos e cidadania» e condicionaram «a acção dos seus representantes no Parlamento a se debruçarem sobre esta matéria de enorme importância».
Para os moradores, a unanimidade na votação da recomendação «reforça a premência da correcção da grave injustiça social gerada neste processo, bem como, a reposição da prossecução do interesse público e da defesa dos direitos dos moradores».
A proposta aprovada em plenário por iniciativa do PCP, que usou o agendamento potestativo (o direito de marcar a agenda e a discussão), visava também a extinção da Fundação D. Pedro IV e «o apuramento de ilegalidades cometidas em seu nome», que foram rejeitados na votação.
Para Carlos Palminha, a extinção da fundação, é uma «questão de cidadania e democracia», considerando «vergonhoso» o funcionamento da instituição.
«Nós sofremos dois anos na pele as ilegalidade cometidas pela fundação», sublinhou Carlos Palminha à Lusa.
A agência Lusa tentou obter uma reacção da Fundação D. Pedro IV, mas não foi possível até ao momento.
RTP Online: Moradores Lóios e Amendoeiras satisfeitos com recomendação ao Governo sobre Fundação D. Pedro IV
SAPO Notícias: Fundação D. Pedro IV: Moradores Lóios e Amendoeiras satisfeitos com recomendação ao Governo, mas não desmobilizam
Expresso do Oriente: Património da Fundação D. Pedro IV volta ao Estado
TVNET: Fundação D. Pedro IV: Moradores Lóios e Amendoeiras não desmobilizam
A Assembleia da República aprovou quinta-feira por unanimidade uma recomendação ao Governo destinada à reversão para o Estado dos fogos que lhe pertenciam anteriormente, através do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGHAPE), com a salvaguarda dos direitos dos moradores.
Com a extinção do IGHAPE 1.451 fogos em Marvila passaram para a Fundação D. Pedro IV através de um auto de cessão do património, uma situação que tem merecido a contestação dos moradores, que condenam a forma como a instituição tem gerido o bairro.
Acusam ainda a fundação de realizar aumentos abruptos de rendas e não salvaguardar os direitos dos inquilinos em regimento de arrendamento social.
Em declarações à Lusa, Carlos Palminha, da Comissão de Moradores do IGHAPE do Bairro das Amendoeiras, considerou a aprovação por unanimidade da proposta, por iniciativa do PCP, «uma vitória do movimento de cidadania».
Apesar de estarem satisfeitos com este «avanço» no processo, os moradores vão continuar «a tomar diligências e exigir ao Governo que remeta o património para o Estado», assegurou Carlos Palminha.
«Não deixa de ser uma resolução da Assembleia da República, tem o seu peso, mas vamos continuar a interceder junto do Instituto Nacional de Habitação (INH) e da Secretaria de Estado para pressionar o Governo», sublinhou.
Esta posição é sustentada pela Associação Tempo de Mudar para o Desenvolvimento do Bairro dos Lóios, afirmando em comunicado que os moradores aguardam que «o Governo cumpra a sua obrigação e assuma as suas responsabilidades» e garantem que «se manterão vigilantes e não irão desmobilizar até que este processo se resolva exemplarmente».
A associação considera ainda que a recomendação é uma «vitória considerável» resultante da «luta» dos moradores, que fizeram valer os seus «direitos e cidadania» e condicionaram «a acção dos seus representantes no Parlamento a se debruçarem sobre esta matéria de enorme importância».
Para os moradores, a unanimidade na votação da recomendação «reforça a premência da correcção da grave injustiça social gerada neste processo, bem como, a reposição da prossecução do interesse público e da defesa dos direitos dos moradores».
A proposta aprovada em plenário por iniciativa do PCP, que usou o agendamento potestativo (o direito de marcar a agenda e a discussão), visava também a extinção da Fundação D. Pedro IV e «o apuramento de ilegalidades cometidas em seu nome», que foram rejeitados na votação.
Para Carlos Palminha, a extinção da fundação, é uma «questão de cidadania e democracia», considerando «vergonhoso» o funcionamento da instituição.
«Nós sofremos dois anos na pele as ilegalidade cometidas pela fundação», sublinhou Carlos Palminha à Lusa.
A agência Lusa tentou obter uma reacção da Fundação D. Pedro IV, mas não foi possível até ao momento.
RTP Online: Moradores Lóios e Amendoeiras satisfeitos com recomendação ao Governo sobre Fundação D. Pedro IV
SAPO Notícias: Fundação D. Pedro IV: Moradores Lóios e Amendoeiras satisfeitos com recomendação ao Governo, mas não desmobilizam
Expresso do Oriente: Património da Fundação D. Pedro IV volta ao Estado
TVNET: Fundação D. Pedro IV: Moradores Lóios e Amendoeiras não desmobilizam
11 comentários:
Património da Fundação D. Pedro IV volta ao Estado
Expresso do Oriente
http://www.expressodooriente.com/modules.php?op=modload&name=PagEd&file=index&topic_id=1&page_id=866
Fundação D. Pedro IV: Moradores Lóios e Amendoeiras não desmobilizam
TV NET
http://www.tvnet.pt/noticias/detalhes.php?id=7323
Gostaria de deixar aqui o pensamento que me ocorre sobre a ideia de se esperar pelo que o governo possa fazer até dia 12 Julho.
Citando:
"ESPERAR NÃO È SABER. QUEM SABE FAZ A SUA HORA, NÃO ESPERA ACONTECER"
Ainda Há mto para fazer (de forma a pressionar o governo) contando que seja bem feito (mais uma vez)e até dia 12.
(è a minha modesta opinião.)
LOIOS E AMENDOEIRAS VENCERÃO!
Antonio Lage
o povo de chelas está com a esquerda, e não com fantoches , que tiveram medo do pedófilo canto moniz.
Companheiros,
Objectivamente, podemos retirar algumas conclusões de todo este processo:
1- Os grupos parlamentares ao aprovarem a proposta do PCP, sentem que se livraram do problema e passaram-no ao governo.
2- Se o Secretário de Estado nunca retirou o património à Fundação, é natural que agora possa não o querer fazer. E ainda poderá querer invocar questões jurídicas e que está em curso o novo Auto de Cessão. (Espero que assim não o seja e que eu esteja enganado).
3- Com esta aprovação da proposta de resolução do PCP, os moradores têm uma maior legitimidade e argumentação para exigir a retirada do património à Fundação.
4- Se o património não for retirado à Fundação (espero que assim não aconteça), os moradores têm toda e maior legitimidade para realizarem outra manifestação e exigirem a retirada do património à Fundação.
No entanto, é claro que a minha maior convicção é que com a pressão dos moradores, a aprovação da proposta do PCP seja devidamente cumprida pelo governo.
Um bem haja à luta dos moradores e um agradecimento especial aos que dias e noites se têm esforçado por esta causa.
Companheiros,
Parece mentira, mas é verdade...
Reparem nas declarações do Canto Moniz ao "jornal de Noticias" de hoje.
JN-Online
http://jn.sapo.pt/2007/06/23/pais/moradores_festejam_vitoria_sobre_fun.html
Fundação D. Pedro IV diz que vai devolver casas
Público
23 de Junho de 2007.
http://jornal.publico.clix.pt/
Então, o Canto Moniz vem a dizer no jornal Público de hoje ( Sábado) que vai entregar as casas ao Estado.
Esperemos que assim seja e que não esteja a mentir, porque estamos fartos de jogadas sujas.
Lisboa: Fundação D. Pedro IV vai pedir ao Governo a devolução do património, um dia depois de aprovada recomendação na AR
Sapo Noticias
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/SU5PrUxybY6AFZGV4zQTvA.html
Meus senhores,
é claro que o Canto Moniz vai devolver - o tribunal aliás já a isso o obrigava! Ou porque é que pensam que o ponto 2 da proposta de resoluçºao foi aprovado?
Os amiguinhos do Canto Moniz já estavam informado que este património já não lhe interessava. Tenho dúvidas somente quanto ao prazo - o Canto Moiz vai tentar sacar uma indemnização e portanto isto só vai acontecer a partir de 13 de Julho!
Ao ler estes títulos de noticia, “Moradores Lóios e Amendoeiras satisfeitos com recomendação ao Governo sobre Fundação D. Pedro IV.”
Até dá ilusão e nos parece…?
Que o Povo/moradores do Bairro dos Lóios e das Amendoeiras, estão e continuam todos muito contentes, satisfeitos e agradecidos, com o acto praticado pelos Srs. deputados e respectivas forças politicas e sem excepção na Assembleia da Republica.
Em relação a esta matéria, e bem ao contrário do que a noticia pretende, os únicos que devem estar muito contentinhos e satisfeitos com o acto praticado pelos Srs. deputados e respectivas forças politicas e sem excepção na Assembleia da Republica.
São os conciliadores, traidores, e os falsos amigos da justa luta do Povo do Bairro das Amendoeiras e dos Lóios.
Pois a lição, ensinamentos e conclusão que se deve tirar sobre o que se passou na passada sessão da Assembleia da Republica em relação a esta matéria, é que não existiu nenhuma vitória e muito menos o Povo está contente e satisfeito.
É preciso dizer com toda a clareza, que a justa Luta do Povo do Bairro dos Lóios e das Amendoeiras, está a ser minada e atraiçoada.
Votos que o Sr. Miguel já se encontre melhor e completamente recuperado.
Termino continuando a saudar, e apoiar a justa Luta do Povo do Bairro dos Lóios e das Amendoeiras.
O Povo Vencerá!
Meus Amigos,
A mim, o que me chateia é:
sempre que é necessário falar com alguém sobre o assunto...
NUNCA ESTÁ DISPONÍVEL!!!
Pergunto?!
-ATÉ QUANDO?!!!
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